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A equipe Chilli360 está sempre se reciclando. Dessa vez foi um curso sobre planejamento com foco no consumidor.

Marcia Ceschini

O que as marcas precisam entender sobre diversidade e representatividade

Parte de nossa equipe de social media esteve no Planner Summit 2017 em São Paulo. E de cara, os conceitos sobre o novo perfil do consumidor nos mostraram que devemos repensar os clichês que os profissionais da comunicação e do entretenimento têm usado para retratar a diversidade e a representatividade do público consumidor.

Primeiro, vamos aos conceitos
Diversidade, segundo definições,  é substantivo feminino que caracteriza tudo que é diferente e múltiplo. Temos diversidade em vários aspectos: cultural, biológica, étnica, linguística, religiosa etc.

Já a representatividade está ligada a uma parcela dessa diversidade que compõe nichos específicos, seja de etnia, de gênero, de minorias, entre outras.

Esse assunto já foi abordado em um post que fizemos há um tempo atrás em nosso blog, sobre os estereótipos na comunicação.

Além dos clichês

Na sexta-feira, tivemos a manhã toda de explanação, cases legais (  erros), e debates sobre esses conceitos com Ricardo Sales – Consultor de diversidade e comunicação, Pesquisador em diversidade e sexualidade, na USP, Palestrante e Professor de Relações Públicas.

Na parte da tarde, o Luiz Guimarães trabalhou conceitos do uso do design thinking para planejamento focado no comportamento do consumidor. E o case prático foi divulgar um novo creme dental longe dos estereótipos e clichês. Os cases apresentados por oitos grupos foram os mais variados possíveis e muito interessantes, pois romperam a bolha da comunicação “para homem” e “para mulher”.

Tá pouca diversidade? Manda mais
No sábado, o dia foi intenso com palestras, painéis e debates que buscaram a fundo entender esse novo cenário. E a conversa não ficou só nos conceitos da comunicação e da publicidade, mas sim da vida prática.

A Isabel Aquino, da Heads Propaganda, chegou trazendo dados de como é a representatividade na propaganda brasileira, de como as marcas no Facebook reforçam estereótipos e não representam a diversidade de raça e gênero da sociedade. Ricardo Meirelles, do Instituto Locomotiva,  complementou com outros dados tão impactantes quanto os da Isabel e deixou a cabeça de todos fervilhando.

Um resumo rápido dos assuntos que vimos:

  1. Cerca de 65% das mulheres não se sentem representadas pela propaganda brasileira;
  2. A palavra empatia também foi uma das mais ouvidas e reforçadas por palestrantes;
  3. A discussão de diversidade deve estar presente no alto escalão das empresas, e não só entre os planejadores;
  4. O papel da comunicação é criar e legitimar comportamentos; precisamos quebrar esses pré-conceitos e clichês;
  5. A diversidade, igualdade de gênero e a representatividade também devem estar presentes no dia a dia das empresas e agências, nos quadros de funcionários e colaboradores;
  6. Marcas como Skol e Avon já estão trabalhando nessas quebras desde o ano passado;
  7. A marca deve prestar serviço para uma causa, e não usar dela para se promover;
  8. O papel de ajudar nessa mudança é nosso, dos comunicadores.

 

No interior, as quebras desses paradigmas são ainda maiores, mas eles devem acontecer, e como foi dito, é papel da agência propor esse novo olhar para o cliente. Aqui, na Chilli360, diversidade e representatividade são itens que já estão inseridos em nosso planejamento, seja em conceito, em conteúdo ou arte. Não deixe a comunicação da sua marca ficar ultrapassada.

 

 

 

 

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